Criação da Fanfarra

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Paralelamente à nobre missão de socorrer pessoas e bens, assinala-se a existência da Fanfarra desde 1953. Teve o seu nascimento no aniversário da Associação Humanitária dos B.V. de Oliveira de Azeméis, com a delegação dos B.V. de Arrifana, composta por alguns “machados”, um “clarim” (Nel Sereno), e dois “caixas” (Carlos Fontes e Delfim Vieira).
 
Com o entusiasmo tão característico dos bombeiros e o apoio e incentivo dos seus responsáveis, este pequeno grupo, qual semente lançada em terra fértil, desenvolveu-se de forma gradual e harmoniosa, atingiu apreciável nível artístico e, naturalmente, começou a ser requisitada para receções oficiais a personalidades cimeiras do Estado em vários pontos do País, em festas, desfiles, muitos dos quais em Congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Em 1961, por exemplo, deslocou-se a Leixões para participar na receção ao Presidente da República, Almirante Américo Tomás. “Ao encontro do navio, partiram para o mar, cerca de duas centenas de traineiras.
Foi com esta escolta que o paquete entrou no Porto de Leixões, saudado pelas sirenes das embarcações embandeiradas em arco.”
 
Em terra, foi cumprimentado pelas autoridades, sendo a guarda-de-honra prestada pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Arrifana.
 
E na inauguração oficial da Ponte da Varela, na Murtosa, em 1964, presidida pelo mesmo ilustre Chefe de Estado, a cerimónia repetiu-se, com a Fanfarra a abrilhantar o ato solene, perante a enorme multidão que acorreu para assistir ao importante acontecimento.

 

Representou um êxito a participação da Fanfarra no XVIII Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, realizado em Lisboa, em 20 de Outubro de 1968.
FANFARRA_LEIXOES
Da acta da reunião da Direcção, de 4 de Novembro seguinte, pode ler-se: “De realçar o facto de ser a nossa Fanfarra a abrir o referido desfile e ter também sido escolhida para as honras de ordenança na missa solene que se realizou na Sé Patriarcal de Lisboa com a presença do Excelentíssimo Senhor Ministro do Interior, que se mostrou vivamente emocionado com a nossa actuação em todos os actos, assim como os Senhores Inspectores das Zonas Sul e Norte e demais entidades presentes.”
RECORTE_AMADORA
 

 

O mesmo veio a suceder noutros Congressos (também em Lisboa, Viseu, Évora, Viana do Castelo, Barcelos, etc) e desfiles de fanfarras, de que é exemplo o realizado na cidade da Amadora, onde conquistou o primeiro lugar, efusivamente saudado pela delegação Arrifanense.
 
“Correio da Feira”, de 10 de Maio de 1985, refere em notícia destacada:
 
 
TACAA monumental Taça está orgulhosamente exposta na vitrine dos troféus, no salão da Biblioteca.
 
Acresce dizer que a compra da lira, instrumento musical de corda em forma de U, que enriquece, sobremaneira, a fanfarra, resultou de uma viagem do Comandante Amorim à Alemanha, nos anos 70.
 
Assistiu ao desfile de um agrupamento do género, onde sobressaía uma lira, entusiasmou-se com a beleza e valorização que daria à ´sua´ fanfarra… e comprou uma.
 
 
E como sabe bem ouvir o seu som, neste afinado conjunto de múltiplos instrumentos!

 

Ainda hoje, não são muitas as fanfarras de bombeiros que possuem este atraente apetrecho.

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